domingo, 26 de julho de 2009

Paisagens de sangue

Cachorro babando nas calçadas
nudez envolta em pelos desumanos
crianças empinando pipas entregues a corações cardíacos
boca úmida revestida de paixão
pelos filamentos de sangue caminham 1000 moscas
e 200 e tantos pernilongos de patas suicidas
uma geração de jovens fraticidas
desprendidos de seus albergues rotos descortinando-se nos ventres abortados da
eternidade.

O que reclamar da aurora se ela alimenta a cara
ensanguentada do amor?
Por que roubar o infinito se já sondamos o desconhecido
na capa falsa do lirismo?
Cachorros espumantes, plumas visionárias
deusas de lascívia chupando caralhos
turvas manhãs de sangue capitalista
odes viciadas nos campos entre canhões e poesia
vejo meu amigo, jovem Jéferson morto
por narcótico
belezas subalternas
parado em êxtase seus olhos cristais rubis sêmen hemoglobina
de meu quintal
asco e vômito a puta do telefone, movimentos gentis,
enquanto eles estudam em suas universidades guardadas por gigantescos cintos de
castidade
eu escarro esses versos
no âmago da minha alma para fora da paisagem
longe do século

de novo me reinventando - ó juventude perdida, pasto petrificado dos caminhos imóveis.

3 comentários:

  1. incrível como sempre...

    E sobre exemplar gratuito de livro, pode ser... aí vc dá um exemplar gratuito seu tbm? rsrs.

    ResponderExcluir
  2. Ain^^

    Adorei.. Meu poeta favorito pra sempre e sempre!
    =]

    Ahh o meu primeiro exemplar é seu!
    Já Prometi antes...e cumpro!
    \o

    Qro um do seu tb, gratuito! hauIHAUha

    ResponderExcluir
  3. Perfeito!!!!!!!!!!!! Vc é meu orgulho, cabeção

    ResponderExcluir

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Sou um ser alienado na busca do Sagrado