terça-feira, 7 de julho de 2009

Confessional (relato de um poeta no cárcere)

Meu serviço é um cômodo
13 x 4. Uma porta quase no centro
iluminada por um pequeno vidro fumê.
Ao lado um vaso de plantas

e um extintor de incêndios
vermelho como um câncro esplêndido
tecendo as margens de um abismo
nada sombrio, mas sim desesperador.

E estou lá... é... estou lá e não posso sair.
E nem mostrar esse soneto pra ninguém,
é ingratidão, sacanagem (não posso sair).

Estou lá e vou ficar assim por muito tempo
até ficar careca e barrigudo
e nenhuma puta excite meu pau moribundo.

2 comentários:

  1. Cara senti algo revoltante, e um tanto agonizante...
    muito bom, acho que me evoluo com sua poesia, estou louco, impolgado e com vontade pra ajudar a fazer e ver o zine 2.

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  2. Ahh a poesia dele ajuda qualquer um a evoluir, no meu caso ela também inspira! =]

    Adorei esse!
    Realmente agonizante, mais não se preocupe vc naum vai ficar careca nem barrigudo!
    hauiHAIUhauIHA...

    Ahhhh e amei a nva cara do blog! \o/

    Obrigado pela boa influência!
    *.*

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