Eu quero ser a Morte e a ferida.
O veneno e a vacina.
Em vez de curar cutucar a ferida
no lombo de Deus, em nome da anarquia.
Eu quero ser a angústia e o pecado.
Quem está de "cara" e quem está chapado.
Ser a dor em suas maiores gradações.
A flor imunda que alimenta nações.
Eu quero ser o filho e o espírito.
A puta e o puto cínico.
O síndico do inferno e também do paraíso.
Ser um escravo de um burocrata louco.
Entrelaçado na divindade, encaixado num porco.
... Mas na verdade sou isso tudo e mais um pouco ...
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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este poema é um dos meus preferidos! Eu tambem quero ser um pouco disso tudo (e as vezes sou)
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPuro e marginal, se cabe porco, cabe "mais um pouco"...
ResponderExcluirimensidão sem tamanho.
Nunca houve confição melhor!
ResponderExcluirSeus pensamentos casam com a melhor poesia...
=D
Adorooooo!!!
ResponderExcluir"Eu quero ser a angústia e o pecado.
Quem está de "cara" e quem está chapado.
Ser a dor em suas maiores gradações.
A flor imunda que alimenta nações."
Somos muito parecidos!