terça-feira, 20 de outubro de 2009

PASSIONAL

Beijo-te vagarosamente...
Do pescoço até a ponta da orelha.
Minha língua penetra tua alma.
Tua alma chora de mansinho.

Vou eliminando adjetivos
perdendo-me em substantivos.
No mundo subjetivo minto
que é verdade o que não acredito.

Você diz que não quer.
Finge que não ouve. Bebo
alguns drinks numa sede sem nome.

Mas só você ouvi: o barulho das taças,
a batida descompassada do coração
numa triste festa cheia de graça.

2 comentários:

  1. Devia falar tudo com o som de "ê"
    mas fácil seria ouvir os "tilim"
    ...mas no entanto, difícil não é...
    melhor mesmo é não falar "porque".

    "'caralho' é um rodapé pra 'caraio'"

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  2. Realmente um poema passional, por isso que é bom. Adorei!
    Lembrou-me o Cazuza, com seu jeito passional de escrever.

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