segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Meu querido poeta (A Antonin Artaud e seu Teatro do Horror)


Ó Antonin Artaud, tu és para mim
um anjo devasso, devasso de toda nobreza.
Embevecido em tua destreza
torna-me louco, bandido, profeta.

Que seu teatro se erga nos desvios
singulares poupados pela alma.
Sangue e vertigem (delírio). Ó tragédia
reina nos meus olhos tua beleza!

Ausente, mudo, nebuloso, fechado.
Ó grande solitário, grande porcaria.
Os dias passam! (carros em velocidade...)

Que seu teatro permaneça vivo assim como
Rimbaud, Verlaine, Drummond, Lautréamont,
sem que a paz cesse a voz do silêncio.

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