quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Confessional

Eu quero ser a Morte e a ferida.
O veneno e a vacina.
Em vez de curar cutucar a ferida
no lombo de Deus, em nome da anarquia.

Eu quero ser a angústia e o pecado.
Quem está de "cara" e quem está chapado.
Ser a dor em suas maiores gradações.
A flor imunda que alimenta nações.

Eu quero ser o filho e o espírito.
A puta e o puto cínico.
O síndico do inferno e também do paraíso.

Ser um escravo de um burocrata louco.
Entrelaçado na divindade, encaixado num porco.
... Mas na verdade sou isso tudo e mais um pouco ...

5 comentários:

  1. este poema é um dos meus preferidos! Eu tambem quero ser um pouco disso tudo (e as vezes sou)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Puro e marginal, se cabe porco, cabe "mais um pouco"...
    imensidão sem tamanho.

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  4. Nunca houve confição melhor!

    Seus pensamentos casam com a melhor poesia...

    =D

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  5. Adorooooo!!!

    "Eu quero ser a angústia e o pecado.
    Quem está de "cara" e quem está chapado.
    Ser a dor em suas maiores gradações.
    A flor imunda que alimenta nações."

    Somos muito parecidos!

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