segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Luz torpe

Essa luz que se apresenta perene
e torpe é voz de Deus clamando o povo
que prove de seu amor e na dor
reivindique a ventura que o homem não pode.

Igual Kant me submeto a essa sorte.
Ser para os outros um fracote.
Levantar os muros da virtude
e se perder irremediavelmente na solitude.

Creio assim como os anjos nessa verdade.
Que o ser humano possui paz na maldade
e na bondade a dor inevitável.

Mas mesmo perdido no mundo de ilusões
como Platão prefiro ser amável
com quem cospe na minha cara e corta meus braços.

2 comentários:

  1. Vc é um poeta incrível! Me sinto pequena diante sua literatura. Adorei este poema, tanto que ja o li diversas vezes! Parabéns, mano.

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  2. Penso devagar, pra fazer algum regresso, porque quero a volta e isso não peço a ninguém...
    não contesto, não admito, porque eu mesmo me desminto...mais que um perdido "como vc diz": vai além do ínicio.

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