sexta-feira, 29 de maio de 2009

Puta que pariu!



Não me aguento - olho no espelho - vejo
flâmula luz de corais negros...
"Parto estranho esse meu!" logo penso...
Puta que pariu! não me aguento!

Abro a geladeira a noite inteira ( e escrevo).
Começo com um romance, um relato...
Paro logo no primeiro parágrafo.
Minha mão calejada está atrofiada.

Estou no ônibus. Vou pra minha cidade.
Acordo em outra que não conheço nada.
Bebo e bebo pra amenizar os nervos.

"Tô" com uma puta vontade de ser Deus.
Começo então roubando o que é teu
pra terminar como Dante indo pra's estrelas.

Um comentário:

  1. Muito bom, poeta!
    =]

    ""Tô" com uma puta vontade de ser Deus.
    Começo então roubando o que é teu
    pra terminar como Dante indo pra's estrelas."

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