terça-feira, 5 de maio de 2009

Auto - retrato


Ninfomaníacas putas lances de dados
patrões corvos ondas magnéticas
tua boca no meu caralho
muda e silenciosa
esplêndido dia vou pra Conchinchina
com a Morte maravilhosa.

Turva a mente torto tarado entrevado
esclerosado
torradas me vêm como carrasco
perco o jogo, o baralho
o meio e a vida
acho que estou dividido
entre o efêmero e o suicida.

Te chamo de cachorra
lambo teus pés
és a puta que me pariu
pragmático destino
ave de rapina privada entupida
você não me vê como queria
agora embreagado
sou lama espessa no asfalto
o filho renegado
lúcifer falsário
aquele que nem sabe explicar
seus versos mal acabados, mal rimados
broxado
sou caricatura mal esboçada
dos personagens de kafka
mesquinhez poética
num prato vomitado
deus estuprado
santa meiguice
nem 1000 olhos são capazes
de decifrar esse enigma.

Escritor anárquico
místico
poeta visionário
preso
nas barras da calça
filho da puta
soldado das esquinas
ó João de Aruanda
proteja, cegue minhas vistas!
ó João de Aruanda
guardião infinito
faça com que eu acabe logo
com esses versos sem rima!

2 comentários:

  1. Muito bom^^ Profundo!

    Vc sabe q adooooro seus textos...

    Beijos^^

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  2. Cara, eu não diria e não digo isso, mais não tem nem como dizer que ficou totalmente estúpido.Massa Doug...

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