Não me aguento - olho no espelho - vejo
flâmula luz de corais negros...
"Parto estranho esse meu!" logo penso...
Puta que pariu! não me aguento!
Abro a geladeira a noite inteira ( e escrevo).
Começo com um romance, um relato...
Paro logo no primeiro parágrafo.
Minha mão calejada está atrofiada.
Estou no ônibus. Vou pra minha cidade.
Acordo em outra que não conheço nada.
Bebo e bebo pra amenizar os nervos.
"Tô" com uma puta vontade de ser Deus.
Começo então roubando o que é teu
pra terminar como Dante indo pra's estrelas.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Puta que pariu!
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Soneto único
Teus olhos brilham em meu sexo.
Tento conter a voracidade dos meus movimentos
para não perder o único instante
em que me torno Deus e não homem.
Roubar as chaves do paraíso.
Amar. Dormir em camas de seda.
Comer os damascos do Egito.
Banhar-se em águas púrpuras de Vida.
Minha querida, teus olhos brilham.
Pelas frestas da Morte sorri
os anjos do jazigo da guarda de Deus.
Hemisférios, árvores, montanhas...
Fico parado de fronte a tua nudez...
Isto é o princípio! isto é o fim! isto é a eternidade!
domingo, 24 de maio de 2009
Karla Almeida (II)
Perdido em teus lábios, em tua boca
o mundo em forma desaparece.
Tocar teus lábios, beijar tua boca
é abraçar o infinito e tocar o Todo.
De olhos fechados, a mente turva
me entorpeço na beleza do teu rosto.
Meus versos agora apenas pra ti.
Tens um brilho que vale mais do que ouro.
Penso em você a todo instante.
A todo instante penso em você.
Pensar em você é roubar o infinito.
O infinito no entanto é bem aqui.
Em meus versos, em meus poemas, em meu pensar...
Em tua boca, em teu rosto, em teu olhar...
sábado, 23 de maio de 2009
Dentro de ti
Fazes de meu corpo casulo.
Teu ventre minha coberta.
Pele branca, nudez pronta.
As línguas se lambuzando.
Depois tuas pernas no meu ombro.
Com os seios vai beijando.
É linda a madrugada de setembro.
Nossos corpos se encaixando.
Sorri um sorriso parecido com pranto.
Pranteia a lua, a tarde vai se pondo.
Somos dois amantes à deriva.
Nossos quadris se entrelaçando.
Com um leve toque de mãos
tomba a noite (a noite) e o dia insano.
Fazes de mim objeto estranho.
Dentro de ti eu vou entrando.
Finda a existência.
Eu morri e bem sei que também morrestes.
És de uma beleza sem precedentes.
Tu vais se lambuzando no meu leite.
Boca e língua, pele e pelo, pelo e pele.
A nossa cama está repleta.
Estrelas, vozes e desejos.
És linda, lasciva... Ah, és perfeita!
Mordes no pescoço, solto os braços.
Te aperto contra o ventre.
Continua os movimentos continuos.
Essa é a nossa ginástica, essa é a nossa agonia.
Você agora de bruços.
Bunda pra cima, boca pra baixo.
Com um apelo super apaixonado
vou devassando teu íntimo.
Nã há mais vozes e sutilezas.
Você deitada na cama, você é uma princesa.
Tuas pernas trêmulas, voz rouca.
Roubamos o infinito pra nossa surpresa.
* * *
Meu corpo deixou de ser casulo.
teu ventre não é mais coberta.
Volto para casa pálido e sozinho.
És linda, porém a noite é mais bela.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Karla Almeida
terça-feira, 19 de maio de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
Uma introdução superficial do ato criatório - cosmus e instintos
continuaremos depois...
sábado, 16 de maio de 2009
Giselle...
De volta a origem: crianças suicidas.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Tesão, simplesmente tesão...
Primeiro é o beijo. A língua enrolada na outra. Depois as mãos unidas acariciando seios, lambuzando corpos, descortinando sexos.
Em seguida é a nuca seca pronta pra mordida e a mordida desenhando marcas bem no pescoço, próximo da face.
Depois é um tapa, um após o outro. A contração dos músculos, em posição à libido. O fogo e a brasa. O delírio e o orgasmo.
A música sendo ditada pelo ritmo dos corpos na cama, os gemidos - as trocas de carinho,
a eterna sinfonia dos amantes.
O vem e vai de almas e corpos desprendendo do âmago (numa violência quase suicida) um líquido que vomita agonia.
Olhos e quadris, prontos para o desejo.
Beijo e carinho: o sereno... estrelas, a noite, o luar, o brilho da manhã,
o desejo e o orgasmo.
Eu e você. Você e eu. Eu e você. Entrelaçados para sempre. Para sempre unidos. Para sempre sozinhos... para sempre...
Para sempre com você... eternamente só...
(...)
sábado, 9 de maio de 2009
A puta virgem
Sabei-o porém que nunca tive medo; tinha recostado no meu leito de marfim a meretriz dos insanos devaneios, e com ela inevitavelmente me perdia e vencia minhas inquietações dessa alma um tanto errante.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Escritor sem pensamentos
terça-feira, 5 de maio de 2009
Auto - retrato
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