sexta-feira, 5 de junho de 2009

Madrugada Infinita (anjos de volúpia mergulhados no inconsciente)


Vamos meu bem, mergulhar juntos
na inconsciência
lambendo nossos corpos
a noite nos tem como parentes.

Pegadas de sangue nas esquinas
matamos o passado para roubar o infinito
herdeiros do desconhecido
somos migalhas de um sonho fingido.

Brilha a lua no vazio
estrelas cintilantes, um desejo intenso...
Os postes permanecem acesos
acesos até o momento
que a lua nos ter por inteiro.

Sangue nos postes, nas ruas, nas esquinas
chuva de hemoglobina
somos dois astros em um
plainando num céu nada azul.

Mais um gole, um gole insano...
Bebendo em nossos corpos
a inconsciência nua
sem máscaras - o teatro da Morte.

E vamos juntos, bem juntos, meu bem,
um lambendo o outro
encaixados como dois animais
perdidos na inconsciência
naufragados na existência
abandonando a essência
aceitando ser apenas animais
orgásticos e sem pecados.

2 comentários:

  1. "E vamos juntos, bem juntos, meu bem,
    um lambendo o outro!"

    Eu adoro tudo o que escreves...
    Mais o que me falas poderia virar um livro de poemas curtos!

    Te amo.
    Káh^^

    ResponderExcluir
  2. ow Doug, pornográfico a primeira vista...hahaha

    Eu digo profundo exagerado, mais isso fica muito errado, então profundo interior e exterior, mais certo.

    ResponderExcluir

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Sou um ser alienado na busca do Sagrado