sábado, 12 de setembro de 2009

A poética da lambida suja

Vou-me embora. Sinto-me Vago.
Jean-Paul Sartre

Eu lambo sebo de dente.
Não importa se é branco ou quente.
Lambo como quem alçança o infinito
lambendo partículas de saliva e lombriga.

Poeta de bermuda e chinelo havaiana.
Quero antes a poesia suja
que tenha em seu bioma
versos de uma existência chula.

Amarram os braços e a poesia chupa
melindrosas reticências fúnebres
de quem acredita mas duvida.

Duvido em tudo que você me diz.
Se você quer e não quer
não quero nem saber, vou-me embora daqui.

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