
Ano novo. Nada novo. Praça do delírio. Corvo na minha língua. Curvo no seu dorso. Minha saúde ameaçada e isso não é poesia nem viagem literária. É fato. Abandonei o lugar de conforto e vivo submergido nos turbilhões aristocráticos da imobilidade humana. perambulo em infinitos bares, igrejas, reuniões filosóficas a fim de encontrar ventura e abrigo. Tudo que tinha pra dizer já foi dito. Amei. Amei. Ah como amei! Bebi também. Agora quero descansar; um novo lugar... A cerveja gelada no espaço, a agonia esquecida nos botequins da ilusão.
Essa é a última postagem do meu blog. Tudo não passou de águas turvas. Talvez um dia animo e volto a cuspir via rede minhas inquietações... No momento quero encerrar minhas atividades e me entregar ao ócio; -- o capitalismo tolheu meus membros e destruiu todo meu intelecto; não deixarei de escrever, só cansei da exposição e me desnudar por completo dessa maneira tão visual.
Encerro esse blog com um texto do grande poeta marginal Lautréamont:
"Hoje, sob a impressão dos ferimentos que meu corpo recebeu em diferentes circunstâncias, seja pela fatalidade do meu nascimento, seja por minha própria culpa; desalentado pelas conseqüências da minha queda moral (algumas dentre elas aconteceram; quem poderá prever as outras?); espectador impassível das monstruosidades adquiridas ou naturais, que decoram as aponevroses e o intelecto de quem vos fala, lanço um prolongado olhar de satisfação à dualidade que me compõe... e me acho belo! Belo como o vício de conformação congênito dos órgãos sexuais do homem, que consiste na brevidade relativa do canal da uretra e na divisão ou ausência da parede inferior, de modo que o canal se abra a uma distância variável da glande e por baixo do pênis; ou, ainda, como a verruga carnuda, de forma cônica, sulcada por rugas transversais bem profundas, que se ergue na base do bico superior do peru; ou melhor, como a seguinte verdade: "O sistema de gamas, modos e encadeamentos harmônicos não repousa em leis naturais invariáveis, mas é, ao contrário, conseqüência de princípios estéticos que variam com o desenvolvimento progressivo da humanidade e que continuarão variando!"; e, principalmente, como uma corveta encouraçada com torreões! Sim, sustento a exatidão da minha afirmação. Não tenho ilusões presunçosas, orgulho-me disso, e nada ganharia em mentir; de modo que, quanto ao que eu disse, não deveis vacilar em acreditar-me. Pois, como iria eu inspirar horror a mim mesmo, diante dos testemunhos elogiosos que partem da minha consciência?"
Agradeço a todos que leram e comentaram meus textos.
DIEGO EL KHOURI
Eu juro que eu TE MATO!
ResponderExcluirHAIUhaUIAHuiahUIAHUAH...
Como posso viver sem suas palavras, seus cuspes de poesia??
Digo-lhe que isso é uma injustiça com seus leitores caro poeta e amigo... repense!
eu adoro ler-te tanto qndo adoro-te como amigo!
esperarei seu retorno^^
desejo-lhe o silêncio e paz que precisa... e que vc respire e transpire a poesia que está em vc!
beijos carinhosos *_*
Voltei!!
ResponderExcluirMETÁFORA--PARABÓLICA
ResponderExcluir“No começo de tudo”
Já havia alguns, a alegria
No meio de um planeta sem esfera
Sem miolo, sem ar, sem atmosfera...
(Coisas loucas de uma estratosfera)
E na crença, diziam os anéis de Saturno
(sim, porque os anéis são uns verdadeiros bambolês!):
“Estamos girando, e não fazemos nenhuma proeza... Estamos girando, e, no entanto a tristeza é que nos deu à cintura”
Diego, Poeta Mancebo de chinelo.
Blogger acaba de perder um poeta.
ResponderExcluirMuito bom textos, venho acompanhando teu blog a algum tempo, bom mesmo.
ResponderExcluirEnfim, sempre á um fim né.
ate +
abraços!!